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O CRISTÃO E A SUA POSIÇÃO POLÍTICA

Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.



Existe uma correlação inquestionável entre as autoridades que governam o mundo e a vontade soberana de Deus, ou seja, as eleições são democráticas, mas nada foge ao governo soberano do Criador. O mundo conhecido e desconhecido foi criado por Deus que deu autoridade ao homem sobre a terra (Sl. 115.16), mas em virtude do pecado o homem perdeu o governo para o inimigo. (Gn 3.17).


O objetivo deste texto não é convencê-lo a votar neste ou naquele candidato, mas relembrá-lo que todas as coisas estão debaixo do governo soberano do Senhor, especialmente porque a terra é o estrado dos seus pés (At. 7.49), fato de que denota o tamanho do nosso Deus. Sendo assim, existem situações que ocorrem na terra que constituem a vontade permissiva de Deus, ou seja, o Senhor pode permitir um governo perverso sobre os homens para castigo dos maus. (1 Pe. 2.1)


Israel estava sob um regime de governo teocrático, que significa que Deus governava sobre o seu povo. As causas dos israelitas eram trazidas perante os juízes de Israel, mas o governo vinha da parte de Deus. Ocorre que Israel era governado por Deus, mas seu coração não estava alinhado ao padrão divino, porque os seus olhos estavam voltados para o modelo de governo das nações vizinhas, por esse motivo, pediram um rei (I Sm. 8.5).


Quando o homem deixa de considerar os princípios divinos, e alinha o seu pensamento com as "nações vizinhas" existe o risco de nos alijarmos da vontade de Deus. Neste momento opera-se a vontade permissiva do Criador, porque a rejeição do homem não é tão-somente à autoridade constituída, mas ao próprio Deus (I Sm 8.7). Contudo, a rejeição da vontade do Senhor por uma nação não vem sem consequências, porque a vontade do povo não representa necessariamente a vontade de Deus.


É didático analisarmos as consequências da vontade permissiva de Deus para o povo de Israel, após a rejeição do governo teocrático, porque Deus disse a Samuel mais ou menos assim: eles querem um rei Samuel? Ok, dê-lhes o rei que eles estão pedindo, mas diga-lhes como será o reinado deste rei. Transmita-lhes o que esse rei fará:


E falou Samuel todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei,

e disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos filhos e os empregará para os seus carros e para seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros;

e os porá por príncipes de milhares e por cinquentenários; e para que lavrem a sua lavoura, e seguem a sua sega, e façam as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros.

E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras.

E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais e os dará aos seus criados.

E as vossas sementes e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus eunucos e aos seus criados.

Também os vossos criados, e as vossas criadas, e os vossos melhores jovens, e os vossos jumentos tomará e os empregará no seu trabalho.

Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de criados.

Então, naquele dia, clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia.



O Senhor estava alertando ao povo de Israel que a vontade de ter um rei como as outras nações traria consequências, e caso essa escolha fosse confirmada pelo povo eles chegariam a clamar por socorro, mas o Senhor não ouviria o clamor. Mesmo assim o povo insistiu em extinguir o governo teocrático para submeter-se ao governo de um rei humano.


Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei.



O governo soberano do mundo é de Deus, mas muitas vezes opera-se a vontade permissiva do Criador. Deus permite que o homem faça as suas escolhas, porém, as nossas escolhas têm consequências. Friso que não vou influenciá-lo a votar no candidato A ou B, porque essa escolha é pessoal e precisa ser respeitada, mas como cristãos será que estamos preparados para as consequências dos nossos votos? Será que estamos vislumbrando o cenário que pode ocorrer em decorrência das nossas escolhas? Precisamos pensar, porque talvez um governo alinhado com princípios cristãos tenha sido o resultado do clamor da igreja.


É importante ressaltar que não escolheremos um pastor ou um messias para o Brasil, mas um governante. Nesse toar, é claro que qualquer governante que se candidatar à vaga terá defeitos como todos nós. Porém, eu imagino o Senhor observando o povo brasileiro, mais especificamente a igreja brasileira para notar como será o nosso comportamento nessas eleições. Será que Deus operará a Sua vontade permissiva mais uma vez? Eu rogo ao Senhor que envie profetas como Samuel para trazer uma palavra de discernimento da parte dEle, clarificando qual será o cenário hipotético consequente à escolha decorrente do voto dos cristãos, caso o governante não esteja alinhado com os seus princípios.


É possível que Deus já esteja levantando pastores, pregadores, missionários, cantores etc, para falar à igreja brasileira, da mesma forma como Samuel falou à nação de Israel, alertando que as nossas escolhas terão consequências no panorama da vontade permissiva de Deus. A minha oração é que o Senhor ouça o clamor da igreja e nos livre de um cenário que pode ser nefasto para as igrejas e as famílias da nossa nação.


Que Deus em Cristo nos abençoe,


Ev. Sylmar Ribeiro Brito




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